Ana Neves, sócia fundadora e CEO da Knowman, esteve presente, como moderadora e oradora, nas conferências “Admirável Mundo Novo”, a 12 de junho, e na 13.ª Conferência APTE Vigo, nos dias 16 e 17.

“Admirável Mundo Novo” foi organizada pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, e decorreu na Casa da Música, no Porto, enquanto a Conferência “Organización 2.0 / XIII Conferencia Internacional de la APTE” teve lugar no parque tecnológico da cidade espanhola.

Em Espanha Ana Neves fez uma apresentação intitulada “Quanto custa concretizar a colaboração digital?” num evento onde também foram apresentados alguns casos de sucesso de organizações que implementam estratégias on-line 2.0. Começando por referir o estudo que a Knowman voltou a realizar este ano, sobre que tipo de abordagem estão as organizações portuguesas e espanholas a fazer à gestão de conhecimento, Ana Neves mostrou como o trabalho em equipa acontece e se pode manifestar em diversas vertentes. O custo da mudança no seio das organizações também foi abordado, como pode ver na apresentação disponível aqui.

No Porto coube a Ana Neves moderar o painel intitulado “República Digital”, no qual foram oradores Andrew Chadwick (Royal Holloway, University of London), Francisca Bria (Nesta Innovation Lab) e Mário Campolargo (DG Connect).

Andrew Chadwick fez referência à comunicação mas desta feita olhada pelo prisma dos canais e, mais concretamente, de como a mistura de canais tradicionais (como a comunicação social, por exemplo) com as redes sociais «pode abrir mais as portas à participação e envolvimento dos cidadãos nas questões políticas e sociais».

Ainda no “Admirável Mundo Novo”, Tyler Cowen falou da importância de se desenvolverem capacidades de persuasão e marketing, no sentido de criarem mensagens e narrativas que conquistem a atenção das pessoas. «Será vital desenvolver capacidades de persuasão e marketing no sentido de criar mensagens e narrativas que conquistem a atenção das pessoas. Talvez conseguíssemos criar uma melhor dinâmica relacional entre cidadãos e Administração Pública se fossemos capazes de conceber mensagens empáticas que, através de canais apropriados, chegassem verdadeiramente aos cidadãos dando-lhes a conhecer o dia-a-dia dos serviços públicos», referiu Ana Neves após a intervenção de Cowen.

Comum a ambas as conferências foi o lamento de alguns participantes de que, embora o desenvolvimento tecnológico e a inovação tenham transformado várias áreas, esse poder de transformação ainda não tenha chegado à política. «Não acredito que o desenvolvimento tecnológico e a inovação possam, ou devam, ficar a cargo do setor público. No entanto, é vital que os Governos sejam capazes de estar um passo à frente, inovando, pensando nos possíveis caminhos que a inovação irá tomar, criando (bases para) políticas adequadas», conclui Ana Neves, sobre o papel da política no digital.